Postagens populares

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A INTERVENÇÃO PSICOMOTORA JUNTO À CRIANÇA DOWN




            Afirma Garcia Moreno (1996), ressaltando sobre a criança com Síndrome de Down: “...é muito capaz quando estimulada, pode ir longe, estudar no ensino regular como qualquer outra pessoa normal desde que esta escola esteja preparada para recebê-la, mas não podemos esquecer que ela tem um limite...”
            Uma das principais características da criança Down é a presença da hipotonia muscular, percebida desde o nascimento. Tendo origem no sistema nervoso central, ela afeta toda a musculatura, com o passar do tempo tende a diminuir, mas no geral permanecerá por toda a vida, em estágios diferenciados. Progressos no tônus muscular são básicos para o controle de movimentos funcionais, internamente ligados ao desenvolvimento cognitivo, quando isso não ocorre, limita-se as habilidades físicas e motoras e tanto grossa como fina.
            Ao começar a caminhar ela já teve um salto em seu desenvolvimento, sendo necessário nesta fase de independência motora que haja um maior estímulo levando-a a correr, brincar para exercitar sua motricidade global, pois umas serão espertas, curiosas; outras mais pacatas, sem iniciativa.
            A brincadeira deve estar associada diretamente ao desenvolvimento progressivo da criança, a partir dela explora e internaliza conceitos aliados ao seu movimento corporal, pois somente será sujeito consciente: ao se ver como um.
            A intervenção motora pode ser feita individualmente ou em grupo segundo a necessidade, a sala de aula é um bom contexto desde que a criança já esteja integrada ao processo de aprendizagem, os objetivos precisam ser referentes ao domínio da expressão corporal, e da motricidade ampla e fina.
            Analisa-se assim, a necessidade de uma postura metodológica que tenha a visão de respeitar as experiências anteriores do educando bem como suas necessidades, onde estas jamais podem ser ignoradas; a importância de um currículo totalmente adaptado a atender estas diversidades é de primordial importância; sendo este voltado a utilização de todos os canais sensoriais favoráveis ao desenvolvimento, através de um meio rico de estímulos - mas ressalta-se “sem exageros”; respeitando a seqüência de cada processo para evitar lacunas; onde as atividades psicomotoras têm que seguir um processo que vai do vivencial e manipulativo, a verbalização e finalizando com a representação gráfica, simbolização ou conceitos formados.

            Rejane Denis Fracaro Bica, Pedagoga-Especialista em Educação Especial.       

3 comentários:

  1. Oi Rajane, seu texto é muito bom e eu concordo com o autor quando diz que as cças tem potencial, e a escola deve estar preparada, e é ai que bicho pega, pois a grande maioria dos profissionais de educação não aceita, não é nem questão de preparação, é de aceitação em trabalhar com os deficientes.

    ResponderExcluir
  2. Olá Rejane!
    Excelente texto, é uma reflexão maravilhosa que todos os professores deveriam fazer, pois só faz com as práticas pedagógicas cresçam. Concordo fielmente com o autor, pois quando você trata a criança com amor e respeito o trabalho flui muito melhor. Parabéns. Eliane

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir